segunda-feira, 7 de março de 2011

Preconceito, opinião sem conhecimento.

      Vamos ser francos... Quem não tem preconceito?
É burrice, mas de fato, todos nós temos algum tipo de preconceito, seja racial, machista, feminista, homofobia e até xenofobia. É Pré-conceito.
Isso virou, infelizmente, quase que uma característica normal dos seres humanos, afinal, somos bombardeados desde crianças com todo o tipo de discriminação... Piadas, programas na televisão, esportes e outras tantas coisas que favorecem, por exemplo, o branco, no lugar do negro, o homem no lugar da mulher, e o heterossexual no lugar do homossexual... Mas por quê? O absurdo chegou ao ponto, das pessoas acreditarem, que os mesmos não são capazes de realizar tais atividades, de ocuparem tais cargos e principalmente, de serem dignos de respeito. Completa ignorância.
      Preconceito contra negros, racismo, já é quase clichê... Mas eu continuo achando estupidez, afinal, o Brasil colonial não era igual a Espanha e Portugal... Nosso país é de índios, negros, morenos, e nós nascemos dessa mistura! Seria hipocrisia da nossa parte, preconceituar nossos antepassados.
      Nós somos diferentes e iguais ao mesmo tempo, todos temos particularidades que nos individualizam e formam nossas opiniões e personalidade, e merecemos respeito igualmente, afinal, qual é o “modelo’’ certo de sexo, cor e opção sexual?
      Outro preconceito realmente inaceitável, é aqueles contra as pessoas especiais, deficientes de alguma forma... Essas pessoas, normalmente nos mostram uma determinação e superação bem maior do que muita gente aí que se diz normal, são pessoas carinhosas, amorosas e que precisam de muita atenção, compreensão e são merecedoras disso.
       Um dia, poderemos ser nós, os excluídos e postos como segundo plano pela sociedade, e vai ter quem só fale que somos coitados, mas nos descriminem mesmo assim, como fizemos hoje.
       Por fim, espero mesmo, que um dia, quando realmente precisarmos de união, possamos notar que devemos nos respeitar e nos aceitar igualmente, porque já está mais do que na hora, de ignorar, de forma boa, todas as diferenças, e notar que todos precisam de carinho e inclusão no meio, para ser feliz.

sexta-feira, 4 de março de 2011

''Democracy, it´s a hard way...''

     O Brasil é ou não um país democrático? Pra mim, não!
Será que existe mesmo qualquer tipo de democracia em exigir e obrigar cidadãos de 18 a 65 anos a irem as urnas e votarem em um candidato? Ou a jovens que completam 18 anos, a se alistarem no exército, muitas vezes os preparando pra coisas que são avessas aos seus verdadeiros sonhos e objetivos?
     Pois é... Esse é o Brasil que vivemos, e em minha opinião, não é nada justo morarmos em um país que diz com todas as letras que é democrático, e sermos obrigados a tais coisas que para os países lá de fora, desenvolvidos, ricos e democráticos de verdade, é questão de escolha.
     Não que eu queira nos comparar aos outros países, mas o povo de lá, sente orgulho do seu presidente e da sua nação, e se sente no dever de votar, no entanto, ninguém os obriga a nada, justamente, porque desde pequenos são incentivados a amar seu país,e honrá-lo. Ta aí a diferença, e a resposta da pergunta: “Porque o Brasil não vai pra frente?” A culpa é nossa, que não cobramos dos políticos, que são como nós e saíram do nosso meio, as promessas feitas na campanha política, que não passam dos seus deveres.
     Outro quesito a se pensar é: Será que um jovem aos 16 anos, que pela lei do Brasil, não esta capacitado ainda para assumir seus atos, está apto para escolher a próxima pessoa que vai governar o país? Será que o fato de deter ou não, é menos importante do que a escolha de quem vai decidir o nosso futuro e o da nação?
Devemos deixar de nos prender em coisas pequenas, e pensar grande, pensar que o Brasil, merece e deve ter um presidente preparado para tal cargo, até porque é ele quem vai nos representar no exterior, é ele quem dita as regras, e ele que tem o poder em mãos. E com isso não se brinca, nem que seja por protesto, podemos encontrar formas muito mais viáveis e inteligentes de protestar.

Bruna Caetano

quinta-feira, 3 de março de 2011

''Ela me faz tão bem, que eu também quero fazer isso por ela...''

      Estou descobrindo aos poucos, que existem coisas na vida, que não se mede, não se revela, nem mesmo se entende, apenas se sente. Uma dessas coisas, é o que chamamos de amor, de toda forma e tamanho, cada um do seu modo.
      Mas existe um amor, diferente. Amor puro, não egoísta, amor verdadeiro, talvez o único de nossas vidas. O amor de mãe.
E não existe, absolutamente nada, melhor do que ele.
      Mãe... Estou crescendo, e devagarzinho estou lhe entendendo.  Sobre aquilo tudo que você quis me alertar que existe no mundo fora do nosso quintal, das pessoas que encontraria, das coisas que deveria e não fazer, dos sentimentos que sentiria, das coisas que falaria, que pensaria, pelos motivos que sofreria e me alegraria, e pelas coisas que amaria.
      É... Já posso entender, já posso pensar e agir por mim mesma. Se isso é bom? Na maioria das vezes sim, mas às vezes dá um medo...
Medo de errar, de não dar conta, de cair, de sofrer e de perder... E nessas horas o que eu faço?
      Lá vem você de novo... Esquece que eu já estou crescida, e que posso me virar sozinha. Não, eu não posso. Nessas horas é só você, só você alivia qualquer dor e angústia.
      Descobri que sou eu... Eu que estou errada, eu que tenho muito que aprender, e que não sei nada da vida! Mas também descobri que é você, só você... Que me entende, que me ama com toda a força, só você me abraça forte e faz por um instante, esquecer, toda e qualquer coisa que me aflige.
      E é por essas e outras, que não me canso de agradecer pela tua existência, ou talvez pela minha, não sei... Até porque, esse amor, só existe de mãe para filha.
Agradeço a Deus, em oração, por ter me escolhido, pra ser filha amada de uma grande mulher, uma guerreira, portadora de uma alma e um coração inigualáveis, de uma personalidade digna de admiração, um ser humano quase que perfeito.
      Digo quase, porque todos dizem que ninguém é perfeito... Mas e daí? Aos meus olhos, você é perfeita.
Perfeita mãe, perfeita filha, perfeita esposa e companheira. Perfeita em tudo.
      Mãe, não me vejo longe de você, não me vejo sozinha, pelo menos ainda não. Porque você é tudo, é meu chão, minha alegria, o motivo da minha existência, meu ar, minha rainha, minha vida. És tudo que um dia possa desejar ter.
      E só quando me vejo longe de ti, que noto, o quanto sou dependente de você. O quanto ainda não estou crescida e não sei me virar sozinha.
      Peço-te perdão pelos meus constantes erros, meu fracassos e incertezas, reconheço que tenho muito que melhorar, mas quero que saibas que não é fácil, nada fácil ter essa idadezinha crítica... E é por isso que preciso tanto de você, pra me guiar, e me mostrar o caminho a seguir, por mais que às vezes eu não o siga, por favor, não desista. Porque pode não parecer, mas eu reconheço, toda a dificuldade e responsabilidade é criar um filho, e mais uma vez me pego pensando o quanto você é perfeita.
      Porque me fez assim, me deu suporte suficiente, pra hoje ser o que eu sou, você e o pai, podem ter fracassado em alguma coisa em relação a mim, mas ainda vou provar que acertaram, e muito!
Prometo mãe, com todas as minhas forças que vou estar do teu lado em todos os momentos da minha e da sua vida, mesmo nos piores e nos melhores, pois espero e preciso de você aqui também, pra sempre... Mesmo que digam que o pra sempre não exista. Mas quando agente ama, ele passa existir, porque um amor assim, não pode acabar, ter fim jamais.

Bruna Caetano

Só se sabe, quando tem...


 Faz pouco tempo, e ainda me lembro do dia em que escrevi pro meu falecido avô, conhecido como Seu Caetano, e acho valioso dividir com quem puder.

Ta faltando alguém... Algum espaço impreenchível continua incomodando aqui dentro, alguém tão único, que só se sabe, quando tem!
    Hoje tudo se tornou diferente, logo na minha família? Aquela que eu sempre julguei inabalável, imortal. Construímos uma torre tão alta, um castelo tão forte, com paredes rígidas e cercamos de soldados que nos protegiam de qualquer mal que ousasse entrar. Mesmo que esses fracassassem contávamos com a nossa união. Pra onde foi parar tudo aquilo? Eu pensei, contei e afastei todos os males, só não contava com algo invencível, algo que em segundos, derrubou meus soldados, minha torre, paredes e a mim, sem que eu sequer pudesse lutar contra, algo com certeza mais forte que eu.
    E o que me sobrou? Pode não parecer tão ruim, e no fim não é mesmo, o tempo passa e te conforta, mas não totalmente. Eu ainda procuro o homem grisalho que me pegava todos os dias na escola, ainda me viro pra ver se tem um dinheirinho na cabeceira quando acordo. O vazio continua, a ferida ainda dói, e toda noite a saudade vem, e junto dela a nostalgia toma conta do peito, e me faz chorar.
    O que eu poderia esperar de alguém tão vivido, a não ser conselhos que se encaixam perfeitamente nas situações que encontrei? O que eu podia esperar de alguém tão rígido, a não ser sermões e puxadas de orelha quando eu tropeçava? E de alguém tão carinhoso, a não a ser a vida inteira dedicada a família, e um abraço confortante quando me magoavam? Só não podia esperar que a vida me tirasse alguém assim tão rápido e alguém tão importante.

Bruna Caetano

O Caçador de Pipas

Para começar... Nada melhor do que falar de um bom livro, então segue aí, uma boa indicação!


Levando consigo mais de 2 milhões de exemplares, o livro The Kite Runner (O caçador de pipas) de Kahled Rosseini carrega em seu conteúdo, uma emocionante história de caráter e amizade, onde a pergunta: ‘’Todos merecem uma segunda chance?’’ Move o livro, revelando segredos, e desfrutando de um final surpreendente. Tem como editora, Nova Fronteira, recebeu tradução de Maria Helena Rounet e foi publicado no Brasil, em 2003. Foi eleito o melhor livro do ano, pelo San Francisco Chronicle, e após isso, lançou-se o filme, em 2007, devido ao grande sucesso.
      Kahled nasceu no Afeganistão, em 1965, é médico e tem grande afinidade com o tema de sua história, justamente por ter vivido em seu cenário, a década de 70, e as dificuldades que o Afeganistão enfrentou, com a queda da monarquia em julho de 1973 e a invasão soviética em dezembro de 1979, que resultou na implantação do regime militar do Talibã.
      O romance ilustra a vida de Amir, menino rico, que perdeu a mãe quando pequeno, e foi criado pelo seu pai, Baba, a quem tem grande orgulho e medo de decepcionar. Hassan, menino pobre e hazara, era caseiro, junto com o seu pai, de Amir e os dois, por terem a mesma idade, construíram uma amizade que aparentemente era indestrutível, pela grande semelhança dos dois. Amir e Hassan alimentaram-se do mesmo leite, porque Hassan também não conheceu a mãe, os dois partilhavam heróis, brincadeiras, segredos, e Hassan fazia tudo pelo amigo, e sempre foi conhecido por sua dignidade e coragem, ao contrario de Amir, que não era dos mais honrados e corajosos.
Os dois, com certeza compartilhavam grande carinho um pelo outro, mas Amir, traiu a amizade de Hassan, pondo inclusive sua vida e dignidade em risco, o que causou revolta em si mesmo, e o fez fugir de tudo, sem buscar o perdão do amigo. Mas os anos se passaram, Amir amadureceu e o sentimento de culpa voltou a incomodá-lo, o que o fez voltar ao Afeganistão, para concertar seu erro. Mas não encontra o que esperava. Além de presenciar o estrago feito em sua cidade, devastada pela guerra, Amir não encontrou Hassan, e sim uma parte do amigo, e aquela foi sua única chance de se redimir.
      A história mexe com os sentimentos: amor, honra, culpa, medo e remorso, que são totalmente comuns em nós, seres humanos, o que nos faz pensar e dar valor, de verdade, a quem temos ao nosso lado.

Bruna Caetano