sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Não se sabe o que é pior...

      Nesses ultimos dias ou meses... Tem uma coisa me incomodando muito na internet: BICHOS MORTOS DE DIVERSAS FORMAS E  ESTAMPADOS EM TODAS AS REDES SOCIAIS POSSÍVEIS...
     Gente, antes de iniciarem as críticas, já que o nome mesmo diz , o blog é o meu ponto de vista. E eu não sou a favor do vegetariano. Mas respeito-o. E também não sou nada a favor dos maus tratos aos animais, muito pelo contrário, sou contra, super contra, mas as coisas têm limites.
     Estou notando que além de faltar limite na matança dos bichinhos, falta limite para esses jovens e adultos, numa busca insana pela proteção dos animais e falando disso todo o tempo. Mesmo. E postando fotos deles queimados, com ossos quebrados, sem pele, seu couro, enfim... De tudo que é jeito. Horrível.
     É legal essa campanha? Legal... Mas tem tanta gente hipócrita nesse meio.
Gente, não estou generalizando, por favor, não me linchem...  
     Mas tem pessoas que comem carne como se não houvesse amanhã. Pagam uma fortuna em cachorros de raça, enquanto tem milhões de animaizinhos carentes de atenção, carinho e cuidado jogados na rua. Tem gente lucrando com animaizinhos também. Tem filhinho de papai indo para parques e circos achando lindo o elefantinho e o leãozinho que apanham do início ao fim do espetáculo. Aqueles que expulsam cachorro vira-lata do quintal. (Seria uma fronta, ele cruzar com a minha Yorkshire de 1000 reais). E ainda diz que tem que MATAR uma outra infeliz lá que matou um cachorro.
     Quer dizer que é assim que resolveremos então? Matando... Então “vambora” matar geral... Vai ficar bonito para nossa cara.
Se cada um cuidasse do seu animalzinho e não o comprasse só por status ou para bater foto e dizer que é fofo. Talvez diminuíssem os maus tratos.
     Se não fôssemos coniventes com as apresentações dos animais que apanham para aprender as diversas façanhas que fazem. Se não concordássemos e víssemos quando, de onde e como veio a carne que comemos... A coisa não estaria tão ruim quanto está.
     Acorda moçada... A vida não gira em torno do umbiguinho de vocês e não é legal postar animal escalpelado no facebook, como se estivessem em uma disputa de quem choca mais, para os outros verem, sentirem pena do bichinho, curtirem e achar que você é um protetor dos pobrezinhos. Se quiser mesmo ajudar: Levanta e vai tratar cachorrinhos de rua. Ser voluntário em um canil. Isso sim será produtivo. E só assim você estaria trabalhando para a diminuição dos maus tratos aos animais.

Bruna Caetano

sábado, 29 de outubro de 2011

Muito mais que irmãos!

    Eu quero que me tenhas como tua amiga, acima de tudo. Como tua companheira e alguém que vai te amparar sempre que caíres. Quero que fiquemos um perto do outro, para sempre, quero te mimar quando estiveres triste e te entender quando precisares conversar. Quero continuar arrumando teu cabelo antes de ires a escola, acobertar tuas falhas e esperar teu consolo e teu abraço quando nossos pais brigarem comigo. Ajudar na tarefa e te defender.
    Te vejo crescendo, formando tuas opiniões, amadurecendo, definindo teus gostos. Participo da tua pré-adolescência, e já conheço teus medos. Sei da menina que tu gostas, mesmo que nem imagines ainda o que é gostar de alguém. Me orgulho de ti, desde teus gols em um jogo qualquer com os primos, até nas tua notas e evoluções na escola, crescimento como cristão, como menino e cidadão.
   Eu não sei de verdade o que vai acontecer amanhã ou daqui a alguns anos. Não sei com quem você vai se casar, quantos filhos vais ter, a profissão que vais seguir, mas imagino tudo isso sempre que paro para te observar enquanto dormes, ou brincas com teus amigos. Mas qualquer que seja o caminho daqui pra frente, muito provavelmente, logo terás outras prioridades na tua vida. Virá Ensino Médio, vestibular, namoradinhas. Você vai se apaixonar, vai chorar por alguém, você vai sair, vai beber, trabalhar. Eu choro, sorrindo quando imagino isso.
    Meu irmãozinho não vai ser para sempre pequeno. Já está ficando maior que eu. Antes era bem fácil te bater, agora já conheces meus pontos fracos e não és mais tão fraquinho. Até pouco tempo me sentia obrigada a te defender, porque eras frágil demais para fazer isso sozinho, mas agora já falas por ti, já te defendes.
Torço e rezo todos os dias para que sejas muito feliz, e que tenhas alegrias em tudo que fizeres. Porque eu te amo mais do que qualquer outra coisa no mundo e me sinto no dever de te proteger, cuidar de ti e te fazer sorrir sempre.

Bruna Caetano

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

''Certos amigos...''

Pensei em não postar, por não ser grande como os outros, mas eu curti ele:

     Tenho alguém com quem conversar, ligar a qualquer hora quando tudo parecer não dar certo ou quando as coisas melhorarem. Tenho em quem confiar de olhos fechados,  conhecendo desde os gostos musicais, até os maiores medos e segredos, e que conhece o mesmo de mim. Alguém que me incentive ao certo, me aconselhe e reconheça meu erro. Sou entendida mesmo sem explicar, e tenho uma conversa franca mesmo no silêncio. Alguém pra ter ciúme de mim, e entender minha TPM, alguém pra me mimar quando eu estou triste e ignorar minha raiva, sabendo discernir os dois momentos.
     Um abraço pra aliviar qualquer angústia e um sorriso pra mudar meu dia. Tenho uma segunda casa e me sinto tão bem quanto na oficial. Alguém que me conheça e goste de mim como eu sou. Conto meus segredos e não preciso pedir pra que não conte a ninguém. Posso compartilhar brincadeiras que vão ser lembradas para sempre, conheço um amor diferente, não egoísta e sincero. Tenho amigos.

Bruna Caetano

domingo, 11 de setembro de 2011

Cheias no Vale do Itajaí

     Apesar de já ter se tornado maçante para alguns, acho válido falar das cheias que atingiram alguns catarinenses nesse ultimo fim de semana. Segundo a Defesa Civil, foi decretado calamidade pública em 9 municípios e outros 36 estão em estado de emergência. O número de desalojados é de em média 159.490 pessoas e 15.020 são os desabrigados. Inclusive se confirmaram 3 mortes.
     Tudo isso é lamentável e já foi muito comentado nas redes sociais e emissoras de televisão, menos na Globo, que achou mais importante o aniversário do ataque terrorista do World Trade Center. Mas mais importante do que deixar toda a população a par do acontecimento, é deixar a mesma ciente do quanto fomos ajudados e de quanta solidariedade existiu entre a comunidade.
     Primeira coisa que me chamou a atenção, foi a cobertura 24 horas feita pela TVBE – Brasil Esperança. Os apresentadores e repórteres foram incansáveis, atendiam a população a qualquer hora do dia e buscavam informações com as autoridades da cidade, intermediando muitos socorros e auxílios aos ilhados.
Me chama a atenção também o número de jovens envolvidos no voluntariado nos abrigos e na distribuição de donativos. Não por estarem ajudando, mas por serem jovens e estarem ajudando. Foi realmente louvável a atitude de todos eles, jovens e adultos que se prontificaram a ajudar aqueles que mais precisavam, mesmo também tendo suas famílias e suas casas. Além disso, foi grande o número de soldados de outros estados e cidades que vieram ajudar a população.
     Outro fato a se comentar é do parto executado pelos bombeiros comunitários de Ilhota, no sábado, dia 10. A gestante estava em um caminhão, a caminho de um hospital em Itajaí, e a criança nasceu ali mesmo, nas situações precárias em meio a uma rua alagada.
     Por fim, a conclusão que tirei, foi que a catástrofe, em partes nós não poderíamos evitar, e as precauções e providencias que tomamos foram suficientes para remediar o caso. Como já tínhamos passado por algo parecido em 2008, os governantes e moradores do Vale do Itajaí, souberam melhor como lidar com tal situação. Obviamente que tivemos perdas e algumas famílias foram gravemente atingidas, mas como já provamos ser um povo que não se abala fácil e reconstrói tudo o que perdeu com alegria, não vai ser dessa vez que vamos desistir.

Bruna Caetano

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

E um pouco de mim...

Para descontrair um pouquinho, e deixar isto aqui mais jovem... Arrumei uma forma direta de me descrever, espero que curtam:

Sou inconstante. Mas não consigo ficar triste por muito tempo. Tenho mil amigos, e ciúmes de todos eles. Alguns dias me sinto a melhor filha do mundo, outros chego a ter pena da minha mãe. Vivo me concertando. Nunca é o bastante. Não sei tratar bem quem me trata mal, e odeio indiferença. Acho justo discutir, desde que saibam o que falam. Futilidade me irrita e quando não estou bem comigo mesma, não estou bem com ninguém. Gosto de ser mimada quando estou triste, não quando estou irritada, e quem me conhece tem que saber discernir os dois momentos. Pensei em me descrever em três ou quatro linhas, estou aqui e nem comecei. Sou prolixa, muito prolixa. Tenho dificuldade em falar o que eu sinto, mas facilidade em descrever meus sentimentos. Sei dividir, menos os meus livros. Gosto de expor minha opinião, e ás vezes encho o saco por isso, porque nem sempre tem alguém afim de ouvir. Todo mundo diz que tenho bons argumentos. Penso em fazer Direito. Gosto de debater e apesar de não deixar transparecer, não aceito outras opiniões. Finjo que aceito. Acredito em Deus e o levo de base para minha vida. Falo palavrão. Não sou vaidosa. Tenho três vícios: ler, escrever e roer unhas. Como chocolate como se não houvesse amanhã, pizza também. Para apontar meus pontos fortes, me julgo uma jovem madura, engraçada e uma boa amiga. Talvez me engane. Porque tenho dificuldades em me auto avaliar. Adoro futebol, e já lutei Taekwondo, nem por isso sou um menino. Não sei usar meio termo, e isso às vezes me atrapalha. Sou inquieta. Graças aos meus pais, tenho valores dos quais me orgulho, sou muito família, e na medida do possível, ajudo em casa. Odeio caminhar. Gosto de estudar, não de ir à aula. Tenho loucura pelo meu irmão, fico fora de mim quando preciso defender ele. Não sou persistente, e tenho dificuldade de terminar as coisas que começo.

Bruna Caetano

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Almoço de domingo...

     Normalmente tem choro de bebê e gritaria de crianças, tem a música alta falando de amores não correspondidos ou decepções em um relacionamento que um dia foi perfeito, tem o chiaço da cebola dourando no fogo, a mãe das crianças brigando com as mesmas, a cerveja sendo aberta e o gás vazando no gargalo da garrafa de refrigerante. A mesa vai ficando pequena conforme os namorados e filhos vão chegando, o assador frequentemente é o dono do CD que está tocando no carro de ré na garagem, e ele canta, fecha os olhos, segura a latinha e não faz questão de estar afinado. O filho caçula, discute com a nova namorada por ciúmes, e as irmãs junto com a mãe adoram a situação, já que ela é muito madame e não ajuda em nada. A filha mais velha reclama do marido, que não por coincidência é o assador, cantor e cachaceiro.
     O matriarca sentado na cabeceira, reclamando do excesso de sal na salada, a neta adolescente se queixando da falta da internet, área do celular e do que fazer, e suas primas mais velhas discutindo para decidir quem lava e quem seca a louça.
     O castelinho de latinhas vazias começam a tomar forma e a bebida já ta fazendo efeito, uma das crianças já se machucou, e a mãe do bebê implora por silêncio, já que milagrosamente ele dormiu, mas não é sequer ouvida. As irmãs já levaram bronca, enquanto sua mãe, junto com sua tia, comentam da namorada do ciumento, da vizinha que se separou e da prima distante que não arruma namorado.
     Na hora de almoçar sempre falta lugar, e alguém tem que comer no sofá, normalmente as netas adolescentes, e é um tal de pedir para passar isso e aquilo que no fim das contas ninguém come em paz, os que acabam primeiro incentivam as crianças a bater na mesa pedindo a sobremesa, que é o manjar de coco da avó.
     Os cunhados cachaceiros dormem, as mulheres montam a mesa de jogatina junto com o cafezinho e as crianças continuam jogando bola na garagem. O almoço já virou café da tarde. Até os homens acordarem, acabarem com o jogo das mulheres, requentarem a carne enquanto elas requentam o arroz e fazem mais maionese. O café da tarde virou jantar. E começa tudo de novo, inclusive o castelinho de latinha...
     Almoço em família é assim, todos se amam muito, mas domingo sempre tem confusão e briga perto das sete normalmente, talvez pela proximidade da segunda-feira ou pela convivência de anos, sendo todo fim de semana a mesma coisa. Mas são confusões e brigas gostosas de se participar e todo mundo acaba rindo, indo pra casa cheio de comer o dia inteiro, para começar mais um semana esperando o fim de semana que vem pra ter a folia de domingo de novo.

Bruna Caetano

sábado, 23 de abril de 2011

''No nosso tempo...''

     Antes de mais nada, gostaria de me desculpar, com todos que procuraram novidades no blog, e não acharam... Não posto há algumas semanas, e para me redimir, vou dar meu parecer sobre um assunto, que vem me fazendo pensar muito ultimamente: OS VALORES DO JOVEM DE HOJE EM DIA.
    
     É difícil falar de um grupo de pessoas, com tais atitudes, onde tenho que me incluir, e da mesma forma que aponto as qualidades, tenho que me auto avaliar, e apontar também os defeitos... E isso por si só, torna o assunto delicioso de comentar...
     Ultimamente, tenho ouvido dos meus avós, tios, e até meus pais, inúmeras reclamações dos ''jovens de hoje em dia'' e a frase é clássica: ''Porque no meu tempo...'' Andei pensando, e acho justificável, usar tal frase, porque realmente as coisas mudaram muito desde o tempo que meus pais eram jovens, isso sem falar do tempo que meus avós eram jovens...
     Mas o tempo passou, e assim como a globalização mudou totalmente o mundo, a cabeça do jovem também mudou e tem hoje, valores extremamente diferentes, sem julgar como melhor ou pior por enquanto, das do jovens de antigamente.
     Para começar, as palavras que quando eu era criança foram-me apresentadas como mágicas, hoje são motivo de chacota, é raridade no dia-a-dia do jovem. Achamos bonito e passamos a admirar, mesmo que involuntariamente, alguém que diz: por favor, obrigada. Isso por si só nos mostra ao ponto que chegamos... Pelo o que meus pais me contam, no tempo deles, notado seria aquele que não falasse essas palavras, porque era posto como excessão, já que a maioria era instruída para isso, e praticava tal gentileza.


     Gentileza? Não! Obrigação... Essa é a visão que falta nos pais hoje em dia. Em meu ver estão pondo tantas outras coisas supérfluas como prioridade, e esquecendo de esclarecer ao filho que quando alguém mais velho entra no ônibus ele deve ceder o acento ao mesmo.
Ou quando um senhor, tem dificuldades em atravessar a rua, devemos auxiliá-lo na travessia.
     Mas além da educação totalmente distorcida, a mídia faz com que, cada vez menos, o jovem dê valor a família, ao ato de gentileza e ao prazer de fazer o bem... Ao contrário disso, ele pensa que não está ali para agradar ninguém, e sim para agir como acha que deve, que família é uma bobagem, quem os ama mesmo são os amigos, que fazer o bem é clichê, e que ele tem é que arrumar um jeito de ganhar uma grana, pra sair com os amigos no fim de semana, já que brigou com os pais e esse mês ficou sem mesada.


     Porque é esse o castigo de hoje, não ganhar dinheiro, não usar o computador, não sair. O jovem busca agir corretamente e auto disciplinar-se para não perder regalias, abrindo mão do prazer de fazer o certo.

     Infelizmente, é isso que vejo na escola, nos grupos de amigos e em outros lugares onde os jovens se reúnem. Quem liga para a avó já viúva e sozinha que precisa de atenção? Quem liga para os pais que morrem de preocupação porque não te vêem evoluindo na escola e temem teu futuro? Aliás... Quem liga para o futuro? Todos dizem que temos que viver o presente, e aproveitar o máximo, já que o amanhã é incerto... E eu vou curtir hoje, ao máximo, beber o máximo, namorar o máximo e fazer o máximo de loucuras imagináveis e inimagináveis, porque eu sou jovem né, e tenho que ter história pra contar.
     É esse o lamentável valor de jovem de hoje, e sua filosofia de vida. Está sobrando embalagem, e faltando conteúdo, se dá mais valor para a roupa da moda, o artista da vez e a balada mais frenquentada, do que para o livro mais vendido do ano, o curso superior que mais agrada e as datas comemorativas mais divertidas ao lado de quem realmente nos quer bem, e que independente da idade e fase crítica, vai nos apoiar e nos amar, acima de tudo, a família.

Bruna Caetano.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Preconceito, opinião sem conhecimento.

      Vamos ser francos... Quem não tem preconceito?
É burrice, mas de fato, todos nós temos algum tipo de preconceito, seja racial, machista, feminista, homofobia e até xenofobia. É Pré-conceito.
Isso virou, infelizmente, quase que uma característica normal dos seres humanos, afinal, somos bombardeados desde crianças com todo o tipo de discriminação... Piadas, programas na televisão, esportes e outras tantas coisas que favorecem, por exemplo, o branco, no lugar do negro, o homem no lugar da mulher, e o heterossexual no lugar do homossexual... Mas por quê? O absurdo chegou ao ponto, das pessoas acreditarem, que os mesmos não são capazes de realizar tais atividades, de ocuparem tais cargos e principalmente, de serem dignos de respeito. Completa ignorância.
      Preconceito contra negros, racismo, já é quase clichê... Mas eu continuo achando estupidez, afinal, o Brasil colonial não era igual a Espanha e Portugal... Nosso país é de índios, negros, morenos, e nós nascemos dessa mistura! Seria hipocrisia da nossa parte, preconceituar nossos antepassados.
      Nós somos diferentes e iguais ao mesmo tempo, todos temos particularidades que nos individualizam e formam nossas opiniões e personalidade, e merecemos respeito igualmente, afinal, qual é o “modelo’’ certo de sexo, cor e opção sexual?
      Outro preconceito realmente inaceitável, é aqueles contra as pessoas especiais, deficientes de alguma forma... Essas pessoas, normalmente nos mostram uma determinação e superação bem maior do que muita gente aí que se diz normal, são pessoas carinhosas, amorosas e que precisam de muita atenção, compreensão e são merecedoras disso.
       Um dia, poderemos ser nós, os excluídos e postos como segundo plano pela sociedade, e vai ter quem só fale que somos coitados, mas nos descriminem mesmo assim, como fizemos hoje.
       Por fim, espero mesmo, que um dia, quando realmente precisarmos de união, possamos notar que devemos nos respeitar e nos aceitar igualmente, porque já está mais do que na hora, de ignorar, de forma boa, todas as diferenças, e notar que todos precisam de carinho e inclusão no meio, para ser feliz.

sexta-feira, 4 de março de 2011

''Democracy, it´s a hard way...''

     O Brasil é ou não um país democrático? Pra mim, não!
Será que existe mesmo qualquer tipo de democracia em exigir e obrigar cidadãos de 18 a 65 anos a irem as urnas e votarem em um candidato? Ou a jovens que completam 18 anos, a se alistarem no exército, muitas vezes os preparando pra coisas que são avessas aos seus verdadeiros sonhos e objetivos?
     Pois é... Esse é o Brasil que vivemos, e em minha opinião, não é nada justo morarmos em um país que diz com todas as letras que é democrático, e sermos obrigados a tais coisas que para os países lá de fora, desenvolvidos, ricos e democráticos de verdade, é questão de escolha.
     Não que eu queira nos comparar aos outros países, mas o povo de lá, sente orgulho do seu presidente e da sua nação, e se sente no dever de votar, no entanto, ninguém os obriga a nada, justamente, porque desde pequenos são incentivados a amar seu país,e honrá-lo. Ta aí a diferença, e a resposta da pergunta: “Porque o Brasil não vai pra frente?” A culpa é nossa, que não cobramos dos políticos, que são como nós e saíram do nosso meio, as promessas feitas na campanha política, que não passam dos seus deveres.
     Outro quesito a se pensar é: Será que um jovem aos 16 anos, que pela lei do Brasil, não esta capacitado ainda para assumir seus atos, está apto para escolher a próxima pessoa que vai governar o país? Será que o fato de deter ou não, é menos importante do que a escolha de quem vai decidir o nosso futuro e o da nação?
Devemos deixar de nos prender em coisas pequenas, e pensar grande, pensar que o Brasil, merece e deve ter um presidente preparado para tal cargo, até porque é ele quem vai nos representar no exterior, é ele quem dita as regras, e ele que tem o poder em mãos. E com isso não se brinca, nem que seja por protesto, podemos encontrar formas muito mais viáveis e inteligentes de protestar.

Bruna Caetano

quinta-feira, 3 de março de 2011

''Ela me faz tão bem, que eu também quero fazer isso por ela...''

      Estou descobrindo aos poucos, que existem coisas na vida, que não se mede, não se revela, nem mesmo se entende, apenas se sente. Uma dessas coisas, é o que chamamos de amor, de toda forma e tamanho, cada um do seu modo.
      Mas existe um amor, diferente. Amor puro, não egoísta, amor verdadeiro, talvez o único de nossas vidas. O amor de mãe.
E não existe, absolutamente nada, melhor do que ele.
      Mãe... Estou crescendo, e devagarzinho estou lhe entendendo.  Sobre aquilo tudo que você quis me alertar que existe no mundo fora do nosso quintal, das pessoas que encontraria, das coisas que deveria e não fazer, dos sentimentos que sentiria, das coisas que falaria, que pensaria, pelos motivos que sofreria e me alegraria, e pelas coisas que amaria.
      É... Já posso entender, já posso pensar e agir por mim mesma. Se isso é bom? Na maioria das vezes sim, mas às vezes dá um medo...
Medo de errar, de não dar conta, de cair, de sofrer e de perder... E nessas horas o que eu faço?
      Lá vem você de novo... Esquece que eu já estou crescida, e que posso me virar sozinha. Não, eu não posso. Nessas horas é só você, só você alivia qualquer dor e angústia.
      Descobri que sou eu... Eu que estou errada, eu que tenho muito que aprender, e que não sei nada da vida! Mas também descobri que é você, só você... Que me entende, que me ama com toda a força, só você me abraça forte e faz por um instante, esquecer, toda e qualquer coisa que me aflige.
      E é por essas e outras, que não me canso de agradecer pela tua existência, ou talvez pela minha, não sei... Até porque, esse amor, só existe de mãe para filha.
Agradeço a Deus, em oração, por ter me escolhido, pra ser filha amada de uma grande mulher, uma guerreira, portadora de uma alma e um coração inigualáveis, de uma personalidade digna de admiração, um ser humano quase que perfeito.
      Digo quase, porque todos dizem que ninguém é perfeito... Mas e daí? Aos meus olhos, você é perfeita.
Perfeita mãe, perfeita filha, perfeita esposa e companheira. Perfeita em tudo.
      Mãe, não me vejo longe de você, não me vejo sozinha, pelo menos ainda não. Porque você é tudo, é meu chão, minha alegria, o motivo da minha existência, meu ar, minha rainha, minha vida. És tudo que um dia possa desejar ter.
      E só quando me vejo longe de ti, que noto, o quanto sou dependente de você. O quanto ainda não estou crescida e não sei me virar sozinha.
      Peço-te perdão pelos meus constantes erros, meu fracassos e incertezas, reconheço que tenho muito que melhorar, mas quero que saibas que não é fácil, nada fácil ter essa idadezinha crítica... E é por isso que preciso tanto de você, pra me guiar, e me mostrar o caminho a seguir, por mais que às vezes eu não o siga, por favor, não desista. Porque pode não parecer, mas eu reconheço, toda a dificuldade e responsabilidade é criar um filho, e mais uma vez me pego pensando o quanto você é perfeita.
      Porque me fez assim, me deu suporte suficiente, pra hoje ser o que eu sou, você e o pai, podem ter fracassado em alguma coisa em relação a mim, mas ainda vou provar que acertaram, e muito!
Prometo mãe, com todas as minhas forças que vou estar do teu lado em todos os momentos da minha e da sua vida, mesmo nos piores e nos melhores, pois espero e preciso de você aqui também, pra sempre... Mesmo que digam que o pra sempre não exista. Mas quando agente ama, ele passa existir, porque um amor assim, não pode acabar, ter fim jamais.

Bruna Caetano

Só se sabe, quando tem...


 Faz pouco tempo, e ainda me lembro do dia em que escrevi pro meu falecido avô, conhecido como Seu Caetano, e acho valioso dividir com quem puder.

Ta faltando alguém... Algum espaço impreenchível continua incomodando aqui dentro, alguém tão único, que só se sabe, quando tem!
    Hoje tudo se tornou diferente, logo na minha família? Aquela que eu sempre julguei inabalável, imortal. Construímos uma torre tão alta, um castelo tão forte, com paredes rígidas e cercamos de soldados que nos protegiam de qualquer mal que ousasse entrar. Mesmo que esses fracassassem contávamos com a nossa união. Pra onde foi parar tudo aquilo? Eu pensei, contei e afastei todos os males, só não contava com algo invencível, algo que em segundos, derrubou meus soldados, minha torre, paredes e a mim, sem que eu sequer pudesse lutar contra, algo com certeza mais forte que eu.
    E o que me sobrou? Pode não parecer tão ruim, e no fim não é mesmo, o tempo passa e te conforta, mas não totalmente. Eu ainda procuro o homem grisalho que me pegava todos os dias na escola, ainda me viro pra ver se tem um dinheirinho na cabeceira quando acordo. O vazio continua, a ferida ainda dói, e toda noite a saudade vem, e junto dela a nostalgia toma conta do peito, e me faz chorar.
    O que eu poderia esperar de alguém tão vivido, a não ser conselhos que se encaixam perfeitamente nas situações que encontrei? O que eu podia esperar de alguém tão rígido, a não ser sermões e puxadas de orelha quando eu tropeçava? E de alguém tão carinhoso, a não a ser a vida inteira dedicada a família, e um abraço confortante quando me magoavam? Só não podia esperar que a vida me tirasse alguém assim tão rápido e alguém tão importante.

Bruna Caetano

O Caçador de Pipas

Para começar... Nada melhor do que falar de um bom livro, então segue aí, uma boa indicação!


Levando consigo mais de 2 milhões de exemplares, o livro The Kite Runner (O caçador de pipas) de Kahled Rosseini carrega em seu conteúdo, uma emocionante história de caráter e amizade, onde a pergunta: ‘’Todos merecem uma segunda chance?’’ Move o livro, revelando segredos, e desfrutando de um final surpreendente. Tem como editora, Nova Fronteira, recebeu tradução de Maria Helena Rounet e foi publicado no Brasil, em 2003. Foi eleito o melhor livro do ano, pelo San Francisco Chronicle, e após isso, lançou-se o filme, em 2007, devido ao grande sucesso.
      Kahled nasceu no Afeganistão, em 1965, é médico e tem grande afinidade com o tema de sua história, justamente por ter vivido em seu cenário, a década de 70, e as dificuldades que o Afeganistão enfrentou, com a queda da monarquia em julho de 1973 e a invasão soviética em dezembro de 1979, que resultou na implantação do regime militar do Talibã.
      O romance ilustra a vida de Amir, menino rico, que perdeu a mãe quando pequeno, e foi criado pelo seu pai, Baba, a quem tem grande orgulho e medo de decepcionar. Hassan, menino pobre e hazara, era caseiro, junto com o seu pai, de Amir e os dois, por terem a mesma idade, construíram uma amizade que aparentemente era indestrutível, pela grande semelhança dos dois. Amir e Hassan alimentaram-se do mesmo leite, porque Hassan também não conheceu a mãe, os dois partilhavam heróis, brincadeiras, segredos, e Hassan fazia tudo pelo amigo, e sempre foi conhecido por sua dignidade e coragem, ao contrario de Amir, que não era dos mais honrados e corajosos.
Os dois, com certeza compartilhavam grande carinho um pelo outro, mas Amir, traiu a amizade de Hassan, pondo inclusive sua vida e dignidade em risco, o que causou revolta em si mesmo, e o fez fugir de tudo, sem buscar o perdão do amigo. Mas os anos se passaram, Amir amadureceu e o sentimento de culpa voltou a incomodá-lo, o que o fez voltar ao Afeganistão, para concertar seu erro. Mas não encontra o que esperava. Além de presenciar o estrago feito em sua cidade, devastada pela guerra, Amir não encontrou Hassan, e sim uma parte do amigo, e aquela foi sua única chance de se redimir.
      A história mexe com os sentimentos: amor, honra, culpa, medo e remorso, que são totalmente comuns em nós, seres humanos, o que nos faz pensar e dar valor, de verdade, a quem temos ao nosso lado.

Bruna Caetano