domingo, 22 de julho de 2012

Tem coisas que não se discutem


Desde que entrei no Ensino Médio, tenho aulas com professores cada vez mais ditos inteligentes. Quase todos pós-graduados, grande parte deles professor também de universidade, bem quistos e portadores do dom de ensinar. A maioria dos meus colegas de turma costuma seguir a risca e acreditar na maioria das coisas que eles falam.
E de fato, a maioria das coisas faladas por eles é embasada e fundamentada em anos de estudo, dedicação e planejamento. Mas parte desse conteúdo, que é necessário ao decorrer do ano letivo, às vezes invade o campo das crenças, religiões e seitas, consequentemente levantando frequentes discussões e disparidade de ideias.
Eu acho justo discutir, e é dever do professor nos apresentar pelo menos o ponto fraco e ponto forte de cada religião, juntamente com o contexto histórico dela,  seu surgimento, seus pioneiros  e outras áreas semelhantes a essas. E o professor, em meu ver, pode sim dar sua opinião diante da turma, bem como revelar sua religião, faz parte. Mas o que eu vejo acontecer e não consigo me conformar é a falta de respeito de alguns FORMADORES DE OPINIÕES.
É por isso, eles são formadores de opiniões. Não dá pra sair levantando bandeira de nenhuma entidade. E assim como tem uma minoria com sua fé já estabelecida e madura, existe a maioria que não sabe ainda no que acreditar e acaba por ser influenciado a um caminho totalmente distante do que por exemplo, os seus pais, queriam que seguisse. E se fosse tudo verdade, realidade, o estrago não seria tão grande. Mas eu já presenciei por exemplo, distorção ou má interpretação da passagem bíblica, exageros e deboches.
Minha opinião: Pode ser inteligente o quanto for, formado em inúmeras faculdades. Mestre, doutor. Mas se não aprender uma lição base, que normalmente se obtém em casa, de nada vale. Se não souber respeitar a crença alheia, sua inteligência passa a ser total ignorância.
Seja a crença qual for, todos merecem respeito.  E numa sala de aula, deve-se tomar cuidado com as palavras. Se quer fazer pessoas acreditarem no mesmo que você, faça isso numa roda de amigos, no meio da sua família ou com a turma da faculdade. Mas jamais com seus alunos. Não é seu dever, não é ético.
Na verdade, normalmente quem faz isso, tem aquela como sua ultima tentativa. Para alguém precisar encher a cabeça de jovens, provavelmente a roda de amigos, a família e a turma de faculdade tá cansada de ouvir seus discursos, porque quase sempre esse tipo de profissional é mais bitolado do que todos aqueles que ele julga. E numa expressão chula: Enche o saco de todo mundo com papo desinteressante.

Bruna Caetano


E um beijo a todos os meus professores. Vocês fazem um ótimo trabalho.

domingo, 4 de março de 2012

Seilá

     Ruim mesmo é quando passamos a não mais acreditar em nós mesmos... Quando não só parece, mas realmente dá tudo errado.  Nada ajuda, tudo te diminui e te retém. E você nem faz mais questão de conspirações a seu favor. Você desiste de mudar, de tentar e reverter a realidade em que vive. Acredito que isso normalmente se dê, quando nos decepcionamos, com nós mesmos ou com alguém que amávamos muito.
    Nunca imaginei alguém se deixando vencer por si mesmo, e isso soa até irônico. Porque visto de fora, talvez seja impossível... Mas eu vivi a descrença de mim mesma e sei o quanto isso é possível e o quanto dói.
     O que acontece é que no início você acredita ter o controle da situação, mas é no melhor momento da sua vida, que acontece  a transição direta para os seus piores dias... E não dá vontade, de sair, de dançar, de conhecer pessoas... Quem dera de mudar. No início você até que tenta, mesmo que sabendo ser inútil, mas depois já nem tenta mais, se entrega.  E tudo fica feio, sem cor, sem gosto e não existe nada que te dê prazer. Você vê o olhar das pessoas de pena e reprovação, elas te julgam enquanto caminhas, você nota, isso te deixa ainda pior, mas elas mal sabem o reboliço de tristezas que insiste em incomodar dentro de você.
     Porque são tantas... Você infeliz consigo, tua família que se preocupa, teus amigos que se afastam e te julgam. Tem a dúvida, o medo,  a vontade de jogar tudo pro alto e o desejo de que aquilo acabe, de que pelo menos por alguns minutos tudo suma, e te alivie.
Você tá carente de atenção, de carinho e de alguém que te diga: você é importante. Fica vulnerável e já não consegue mais amar.  E isso inclui pais, amigos, fé e principalmente você mesmo.
     Porque na verdade, nada que te rodeia e que parece estar virado de ponta a cabeça, tem defeito. Você está com defeito, você faz questão de não sentir o amor dos outros, você não vê cor nas coisas, vê as coisas feias e sem graça e não se deixa sentir prazeres. As pessoas que te olham, olham da mesma forma para todos,  quem destorce é você. Teus amigos apenas são recíprocos e teus pais nunca mudaram, essa preocupação sempre existiu.  Você criou e passou a acreditar no mundo onde tudo é triste e ruim. Esse não é o que vivemos. Porque quando não está bem consigo mesmo, não está bem com nada e com ninguém.
     E seilá. Tudo que eu posto aqui normalmente é tão cheio de certeza, maturidade e seriedade. Mas fazem meses que eu não escrevo. Por falta de certeza, maturidade ou seriedade. Eu também não sei. Ou outras tantas coisas que eu tenho deixado pelo caminho nessas poucas semanas que me fizeram crescer mais do que já havia crescido até aqui.
     É incrível como eu, ao contrário de todos da minha idade, não consegue, não sabe e não vê necessidade em falar de amor. Em amar alguém platonicamente ou querer a todo custo firmar um estilo próprio onde ali, demonstre sua identidade ou qualquer outra coisa que não conseguem demonstrar normalmente.  Também me acho diferente quando não dou valor ou atenção para coisas que todos acham fantásticas e primordiais...
     E sou só eu que noto... Que essas fotos, essas bandas, as músicas, são friamente calculadas com um único intuito de engrupir os jovens? Os casais, nas fotos de Tumblr, são modelos, pagos. As mulheres magras, tatuadas.. Normalmente não são tatuadas de verdade. E vocês ficam feito bobos querendo agir como eles, se vestir como eles. Será que é só pra mim que isso é nítido?
     Esse estilo de vida aparentemente legal, tranquilo, se drogando por se drogar, exibindo seu corpo e o pondo em risco fazendo o que vier na telha com ele, sou só eu que não vejo graça, que acho feio, acho falta de amor próprio? Seilá 


Bruna Caetano

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Não se sabe o que é pior...

      Nesses ultimos dias ou meses... Tem uma coisa me incomodando muito na internet: BICHOS MORTOS DE DIVERSAS FORMAS E  ESTAMPADOS EM TODAS AS REDES SOCIAIS POSSÍVEIS...
     Gente, antes de iniciarem as críticas, já que o nome mesmo diz , o blog é o meu ponto de vista. E eu não sou a favor do vegetariano. Mas respeito-o. E também não sou nada a favor dos maus tratos aos animais, muito pelo contrário, sou contra, super contra, mas as coisas têm limites.
     Estou notando que além de faltar limite na matança dos bichinhos, falta limite para esses jovens e adultos, numa busca insana pela proteção dos animais e falando disso todo o tempo. Mesmo. E postando fotos deles queimados, com ossos quebrados, sem pele, seu couro, enfim... De tudo que é jeito. Horrível.
     É legal essa campanha? Legal... Mas tem tanta gente hipócrita nesse meio.
Gente, não estou generalizando, por favor, não me linchem...  
     Mas tem pessoas que comem carne como se não houvesse amanhã. Pagam uma fortuna em cachorros de raça, enquanto tem milhões de animaizinhos carentes de atenção, carinho e cuidado jogados na rua. Tem gente lucrando com animaizinhos também. Tem filhinho de papai indo para parques e circos achando lindo o elefantinho e o leãozinho que apanham do início ao fim do espetáculo. Aqueles que expulsam cachorro vira-lata do quintal. (Seria uma fronta, ele cruzar com a minha Yorkshire de 1000 reais). E ainda diz que tem que MATAR uma outra infeliz lá que matou um cachorro.
     Quer dizer que é assim que resolveremos então? Matando... Então “vambora” matar geral... Vai ficar bonito para nossa cara.
Se cada um cuidasse do seu animalzinho e não o comprasse só por status ou para bater foto e dizer que é fofo. Talvez diminuíssem os maus tratos.
     Se não fôssemos coniventes com as apresentações dos animais que apanham para aprender as diversas façanhas que fazem. Se não concordássemos e víssemos quando, de onde e como veio a carne que comemos... A coisa não estaria tão ruim quanto está.
     Acorda moçada... A vida não gira em torno do umbiguinho de vocês e não é legal postar animal escalpelado no facebook, como se estivessem em uma disputa de quem choca mais, para os outros verem, sentirem pena do bichinho, curtirem e achar que você é um protetor dos pobrezinhos. Se quiser mesmo ajudar: Levanta e vai tratar cachorrinhos de rua. Ser voluntário em um canil. Isso sim será produtivo. E só assim você estaria trabalhando para a diminuição dos maus tratos aos animais.

Bruna Caetano

sábado, 29 de outubro de 2011

Muito mais que irmãos!

    Eu quero que me tenhas como tua amiga, acima de tudo. Como tua companheira e alguém que vai te amparar sempre que caíres. Quero que fiquemos um perto do outro, para sempre, quero te mimar quando estiveres triste e te entender quando precisares conversar. Quero continuar arrumando teu cabelo antes de ires a escola, acobertar tuas falhas e esperar teu consolo e teu abraço quando nossos pais brigarem comigo. Ajudar na tarefa e te defender.
    Te vejo crescendo, formando tuas opiniões, amadurecendo, definindo teus gostos. Participo da tua pré-adolescência, e já conheço teus medos. Sei da menina que tu gostas, mesmo que nem imagines ainda o que é gostar de alguém. Me orgulho de ti, desde teus gols em um jogo qualquer com os primos, até nas tua notas e evoluções na escola, crescimento como cristão, como menino e cidadão.
   Eu não sei de verdade o que vai acontecer amanhã ou daqui a alguns anos. Não sei com quem você vai se casar, quantos filhos vais ter, a profissão que vais seguir, mas imagino tudo isso sempre que paro para te observar enquanto dormes, ou brincas com teus amigos. Mas qualquer que seja o caminho daqui pra frente, muito provavelmente, logo terás outras prioridades na tua vida. Virá Ensino Médio, vestibular, namoradinhas. Você vai se apaixonar, vai chorar por alguém, você vai sair, vai beber, trabalhar. Eu choro, sorrindo quando imagino isso.
    Meu irmãozinho não vai ser para sempre pequeno. Já está ficando maior que eu. Antes era bem fácil te bater, agora já conheces meus pontos fracos e não és mais tão fraquinho. Até pouco tempo me sentia obrigada a te defender, porque eras frágil demais para fazer isso sozinho, mas agora já falas por ti, já te defendes.
Torço e rezo todos os dias para que sejas muito feliz, e que tenhas alegrias em tudo que fizeres. Porque eu te amo mais do que qualquer outra coisa no mundo e me sinto no dever de te proteger, cuidar de ti e te fazer sorrir sempre.

Bruna Caetano

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

''Certos amigos...''

Pensei em não postar, por não ser grande como os outros, mas eu curti ele:

     Tenho alguém com quem conversar, ligar a qualquer hora quando tudo parecer não dar certo ou quando as coisas melhorarem. Tenho em quem confiar de olhos fechados,  conhecendo desde os gostos musicais, até os maiores medos e segredos, e que conhece o mesmo de mim. Alguém que me incentive ao certo, me aconselhe e reconheça meu erro. Sou entendida mesmo sem explicar, e tenho uma conversa franca mesmo no silêncio. Alguém pra ter ciúme de mim, e entender minha TPM, alguém pra me mimar quando eu estou triste e ignorar minha raiva, sabendo discernir os dois momentos.
     Um abraço pra aliviar qualquer angústia e um sorriso pra mudar meu dia. Tenho uma segunda casa e me sinto tão bem quanto na oficial. Alguém que me conheça e goste de mim como eu sou. Conto meus segredos e não preciso pedir pra que não conte a ninguém. Posso compartilhar brincadeiras que vão ser lembradas para sempre, conheço um amor diferente, não egoísta e sincero. Tenho amigos.

Bruna Caetano

domingo, 11 de setembro de 2011

Cheias no Vale do Itajaí

     Apesar de já ter se tornado maçante para alguns, acho válido falar das cheias que atingiram alguns catarinenses nesse ultimo fim de semana. Segundo a Defesa Civil, foi decretado calamidade pública em 9 municípios e outros 36 estão em estado de emergência. O número de desalojados é de em média 159.490 pessoas e 15.020 são os desabrigados. Inclusive se confirmaram 3 mortes.
     Tudo isso é lamentável e já foi muito comentado nas redes sociais e emissoras de televisão, menos na Globo, que achou mais importante o aniversário do ataque terrorista do World Trade Center. Mas mais importante do que deixar toda a população a par do acontecimento, é deixar a mesma ciente do quanto fomos ajudados e de quanta solidariedade existiu entre a comunidade.
     Primeira coisa que me chamou a atenção, foi a cobertura 24 horas feita pela TVBE – Brasil Esperança. Os apresentadores e repórteres foram incansáveis, atendiam a população a qualquer hora do dia e buscavam informações com as autoridades da cidade, intermediando muitos socorros e auxílios aos ilhados.
Me chama a atenção também o número de jovens envolvidos no voluntariado nos abrigos e na distribuição de donativos. Não por estarem ajudando, mas por serem jovens e estarem ajudando. Foi realmente louvável a atitude de todos eles, jovens e adultos que se prontificaram a ajudar aqueles que mais precisavam, mesmo também tendo suas famílias e suas casas. Além disso, foi grande o número de soldados de outros estados e cidades que vieram ajudar a população.
     Outro fato a se comentar é do parto executado pelos bombeiros comunitários de Ilhota, no sábado, dia 10. A gestante estava em um caminhão, a caminho de um hospital em Itajaí, e a criança nasceu ali mesmo, nas situações precárias em meio a uma rua alagada.
     Por fim, a conclusão que tirei, foi que a catástrofe, em partes nós não poderíamos evitar, e as precauções e providencias que tomamos foram suficientes para remediar o caso. Como já tínhamos passado por algo parecido em 2008, os governantes e moradores do Vale do Itajaí, souberam melhor como lidar com tal situação. Obviamente que tivemos perdas e algumas famílias foram gravemente atingidas, mas como já provamos ser um povo que não se abala fácil e reconstrói tudo o que perdeu com alegria, não vai ser dessa vez que vamos desistir.

Bruna Caetano

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

E um pouco de mim...

Para descontrair um pouquinho, e deixar isto aqui mais jovem... Arrumei uma forma direta de me descrever, espero que curtam:

Sou inconstante. Mas não consigo ficar triste por muito tempo. Tenho mil amigos, e ciúmes de todos eles. Alguns dias me sinto a melhor filha do mundo, outros chego a ter pena da minha mãe. Vivo me concertando. Nunca é o bastante. Não sei tratar bem quem me trata mal, e odeio indiferença. Acho justo discutir, desde que saibam o que falam. Futilidade me irrita e quando não estou bem comigo mesma, não estou bem com ninguém. Gosto de ser mimada quando estou triste, não quando estou irritada, e quem me conhece tem que saber discernir os dois momentos. Pensei em me descrever em três ou quatro linhas, estou aqui e nem comecei. Sou prolixa, muito prolixa. Tenho dificuldade em falar o que eu sinto, mas facilidade em descrever meus sentimentos. Sei dividir, menos os meus livros. Gosto de expor minha opinião, e ás vezes encho o saco por isso, porque nem sempre tem alguém afim de ouvir. Todo mundo diz que tenho bons argumentos. Penso em fazer Direito. Gosto de debater e apesar de não deixar transparecer, não aceito outras opiniões. Finjo que aceito. Acredito em Deus e o levo de base para minha vida. Falo palavrão. Não sou vaidosa. Tenho três vícios: ler, escrever e roer unhas. Como chocolate como se não houvesse amanhã, pizza também. Para apontar meus pontos fortes, me julgo uma jovem madura, engraçada e uma boa amiga. Talvez me engane. Porque tenho dificuldades em me auto avaliar. Adoro futebol, e já lutei Taekwondo, nem por isso sou um menino. Não sei usar meio termo, e isso às vezes me atrapalha. Sou inquieta. Graças aos meus pais, tenho valores dos quais me orgulho, sou muito família, e na medida do possível, ajudo em casa. Odeio caminhar. Gosto de estudar, não de ir à aula. Tenho loucura pelo meu irmão, fico fora de mim quando preciso defender ele. Não sou persistente, e tenho dificuldade de terminar as coisas que começo.

Bruna Caetano